Hoje é dia de testemunhar um fenômeno cultural, econômico, psicológico e quase antropológico: a Black Friday.

Nos EUA, ela surgiu para nomear o caos urbano pós-Thanksgiving — ruas abarrotadas, lojas lotadas, filas que davam voltas no quarteirão e gente lutando por televisões como se fossem artefatos sagrados.

No Brasil, como sempre, não decepcionamos.

Transformamos a Black Friday em evento digital, híbrido, remixado, com memes, lives, influenciadores, cashback, link afiliado, cupom secreto, cupom falso, cupom que nunca funciona…

É a economia criativa em seu estado mais primal.

A expressão "Black Friday" aparece nos anos 1960 na Filadélfia, quando a polícia usava o termo para descrever o trânsito caótico e as multidões que ocupavam as ruas para comprar antes do Natal.

Com o tempo, virou um dos dias mais importantes do comércio mundial.

Hoje, a Black Friday movimenta:

• bilhões em vendas digitais
• trilhões de cliques
• colisões infinitas de carrinhos abandonados
• e a expectativa emocional de milhões de pessoas que esperaram o ano inteiro por um bom desconto para comprar… um aspirador robô.

É um espetáculo de design, consumo, logística, marketing e comportamento humano.

Para a educação criativa, a Black Friday é um case perfeito:

• ✔ UX & Jornada do Usuário
  Comprar é uma viagem. Sites que entendem fluxo, emoção e timing dominam o jogo.
• ✔ Storytelling Comercial
  O "antes, durante e depois" da Black Friday é cuidadosamente roteirizado.
• ✔ Economia Comportamental
  Descontos ativam gatilhos mentais ancestrais como escassez, urgência e recompensa imediata.
• ✔ Dados & IA
  Algoritmos decidem o que você vê, quando vê, e por quanto vê. É machine learning pilotando o seu desejo.
• ✔ Inovação Digital
  Liveshopping, gamificação, social commerce, cupons dinâmicos, cashback inteligente — tudo nasceu ou evoluiu por causa desse dia.
• ✔ Criatividade Aplicada
  Marcas criam memes, campanhas, personagens e narrativas só para a Black Friday. É publicidade como performance.